quinta-feira, 19 de setembro de 2013

REFLEXÃO DO EVANGELHO COM Pe. JOSÉ OTÁCIO

Pe. José Otácio


Lc. 7,36-50: “ELA DEMONSTROU MUITO AMOR”. Há pessoas que, envenenados pela sua condição social, não se permitem ser agradecidos; não há espaço para gestos gratuitos, os mimos próprios de quem se sente enaltecido diante de outra pessoa. Quem se acha que é alguma coisa, confiando em si, amará pouco, pois julgará desnecessário algo mais que sua ilibada pessoa. Não é assim que agiu Simão, o fariseu? H...á pessoas, por outro lado, que acham que não merecem, e estão certos se isto é na relação com Deus, pois a ninguém ele deve nada. Por se perceberem não merecedores, se desdobram em iniciativas para agradar. Não é isto que fez a pecadora? Ela não confia na sua moralidade para chamar a atenção do Mestre. O que pode fazer? Amá-lo! Esta palavra interroga a mim e a você sobre os nossos detalhes de amor por Jesus, sobre o zelo com as coisas dele, a começar pelos pobres dele. Como está nosso trato com ele na oração? Que lugar tem a reflexão sobre as coisas eternas em nossa vida? Amemos muito, pois no amor está o vínculo da perfeição.
 
 


Pe. José Otácio Oliveira Guedes
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói/RJ
Já foi Vice-Reitor do Seminário São José de Niterói/RJ
Atua no Seminário São José de Niterói
Atual assessor da
Pastoral Universitária da Arquidiocese de Niterói   
 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

REFLEXÃO DO SANTO EVANGELHO COM Pe. JOSÉ OTÁCIO

Pe. José Otácio
 
Lc 6,27-38: “SEDE MISERICORDIOSOS!”. O que nos leva a ter um juízo duro com os outros? Nossa pretensão de sermos melhores; pessoas boas que, se não fazem o bem, o mal jamais. Ah, se tivéssemos espelho! Então Jesus diz-nos hoje: ami vossos inimigos; sede misericordiosos; não julgueis; não condeneis; dai com generosidade. Estas são atitudes fortes para com o próximo. A misericórdia é profundamente ...realista, pois se funda sobre a realidade de que todo ser humano trás na raiz mais profunda do seu ser a imagem e semelhança de Deus. A reserva de bem da pessoa humana é sempre maior que o mal que ela manifesta. A marca de amor que Deus imprimiu só está empoeirada – por vezes muito empoeirada! – podendo sempre ser reativada. Saímos das mãos de Deus como fonte límpida, porém já na rede de humanidade que nos acolhe e, nós mesmos, encarregamos de colocar lixo na fonte ao longo da nossa história. Não subestimemos a força da Luz que penetra nas frestas de generosidade, das pequenas generosidades. Vivamos a compaixão, procurando ver a história de dor que pode estar atrás de cada pessoa que somos tentados a julgar.
 

Pe. José Otácio Oliveira Guedes
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói/RJ
Já foi Vice-Reitor do Seminário São José de Niterói/RJ
Atua no Seminário São José de Niterói
Atual assessor da
Pastoral Universitária da Arquidiocese de Niterói   
 


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

REFLEXÃO DO EVANGELHO COM O Pe. JOSÉ OTÁCIO

Pe. José Otácio
 
Lc 6,6-11 “LEVANTA-TE E FICA AQUI NO MEIO!”. O homem tinha se acostumado a sentar-se no cantinho, talvez até mesmo grato por estar ali na sinagoga. Porém, é possível que certo constrangimento levasse aquele homem a esconder a mão. Causa sempre um mal-estar que as pessoas descubram alguma imperfeição em nós. Nossa insegurança e medo de que não nos aceitem se descobrirem nosso segredo, nos faz viver na penumbra. De repente Jesus aparece e diz: "fica de pé no meio!". Aquelas pessoas nada fizeram pelo homem e estavam a espreitar se Jesus faria algo no dia de sábado. Eram mais zelosos da lei do sábado, que da lei do amor, do bem que aquele homem poderia receber. Nós podemos ser o homem com a mal atrofiada, ou mesmo os zelosos do sábado. Somos propensos a suspender as leis quando isto nos favorecem ou quando a situação melhor se adequa à nossa cabeça. Quando o zelo perde sua relação direta com Deus, ele tende a se endurecer e funcionar como uma ideologia. Aqueles homens defendiam o sábado, mas perderam a sensibilidade do bem maior. Mesmo que hajam as leis, não estamos dispensados do devido discernimento para verificar onde está realmente a vontade de Deus. A lei máxima sempre será o amor, o amor que gera mais vida.
 
 
Pe. José Otácio Oliveira Guedes
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói/RJ
Já foi Vice-Reitor do Seminário São José de Niterói/RJ
Atua no Seminário São José de Niterói
Atual assessor da
Pastoral Universitária da Arquidiocese de Niterói   

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

REFLEXÃO DO EVANGELHO DE HOJE COM O Pe. JOSÉ OTÁCIO

Pe. José Otácio
 
Lc 4,38-44: “ELE IMPUNHA AS MÃOS E OS CURAVA”. A enfermidade mostra a ausência de um bem, a saúde. Jesus veio oferecer a vida plena; os doentes deverão receber o toque de Jesus para serem curados. Jesus cura o ser humano na sua totalidade. A fé é necessária para a cura, de outro modo não haveria a cura total, a cura do coração ferido. “O ano da graça do Senhor” que Jesus inaugura, durará eternamente; já agora podemos experimentar algo da sua plenitude. Deixemos que Jesus nos toque e levemos muitos para que sejam tocados por ele. Jesus continua nos tacando nos sacramentos vivenciados com fé. Não há nada de mágico, mas há tudo de sobrenatural na vida de quem vive de fé. Amigo, desejo que Jesus te toque hoje. Bom dia!
 
Pe. José Otácio Oliveira Guedes
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói/RJ
Já foi Vice-Reitor do Seminário São José de Niterói/RJ
Atua no Seminário São José de Niterói
Atual assessor da
Pastoral Universitária da Arquidiocese de Niterói   

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

REFLEXÃO DO EVANGELHO COM O Pe. JOSÉ OTÁCIO DE OLIVEIRA GUEDES

Pe. José Otácio
 
A correção fraterna.
 
Mt 18,15-20 “SE TEU IRMÃO PECAR CONTRA TI, VAI CORRIGI-LO, TU E ELE A SÓS!”. Esta Palavra de hoje é o locus classicus da correção fraterna. O que é a correção fraterna? É a prática da obra de misericórdia espiritual de corrigir os que erram, feita de forma fraterna. Entre o omisso e o “chato de plantão”, está a sentinela do irmão, aquela pessoa que se importa com o outro e sabe o momento de pontua...r o que está errado nas atitudes dele. Aqui não cabe a desculpa de que não posso tirar o cisco do olho do irmão porque tenho uma trave no meu. Se amo verdadeiramente o outro, reconheço minha trave, mas sinalizo para meu irmão “o cisco” dele. Sem amor pelo outro não há possibilidade de correção fraterna; quem ama se importa que o outro esteja no erro. Os amigos omissos não nos ajudam. Como princípio, é melhor avermelhar uma vez que amarelar pelo resto da vida; é melhor um constrangimento, que amargar uma negligência. Em cada ocasião peçamos a sabedoria que vem do Espírito para sabermos as palavras adequadas e o momento oportuno para ajudar os que estejam no erro. Estejamos abertos a que também nos corrijam.

Pe. José Otácio Oliveira Guedes
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói/RJ
Já foi Vice-Reitor do Seminário São José de Niterói/RJ
Atua no Seminário São José de Niterói
Assessor da
Pastoral Universitária da Arquidiocese de Niterói  
 
 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

REFLEXÃO DO EVANGELHO COM Pe. JOSÉ OTÁCIO

Pe. José Otácio
 

Mt 8,18-22 “SEGUE-ME E DEIXA QUE OS MORTOS ENTERREM SEUS MORTOS”. Poderá até enterrar o pai, mas não ‘primeiro’; o primeiro a fazer é seguir Jesus. Somente um coração livre poderá seguir Jesus onde quer que ele vá. O coração humano tem uma magnetismo que o atrai ao apego de segurança nas coisas ou nos afetos. É desumano o que Jesus pede? Ele pede o que ele mesmo oferece: a liberdade interior. Usar...emos melhor as coisas e amaremos melhor as pessoas quando a relação com elas estiver no lugar certo em nossa vida; e este lugar não é o primeiro. Jesus se encarrega de desatar-nos das amarras que nos colocamos. O cristianismo não é misantropo – ódio às pessoas -, mas sem uma medida de renúncia, passaremos a vida buscando nas criaturas o que elas não podem nos dar; em alguma momento, então, voltaremos contra elas. Em cada momento da nossa vida esta palavra pedirá algo diverso e mais profundo. A quem não custa o desapego? A vida cristã, porém, visa nos libertar o coração para amarmos com liberdade e na liberdade dos filhos de Deus.
 

Pe. José Otácio Oliveira Guedes
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói/RJ
Já foi Vice-Reitor do Seminário São José de Niterói/RJ
Atua no Seminário São José de Niterói
Assessor da
Pastoral Universitária da Arquidiocese de Niterói



domingo, 30 de junho de 2013

REFLEXÃO DE D. HENRIQUE SOARES DA COSTA SOBRE O PECADO

D. Henrique Soares

Por que temos dificuldade em cumprir os mandamentos? Por que tanta vez o Evangelho nos parece pesado e exigente demais?

É que entre o homem como Deus sonhou e o homem atual, concreto, há a triste realidade do pecado, que entortou o nosso coração e nos desfigurou. Queremos o bem, queremos a verdade, queremos a paz, queremos a vida... Mas as procuramos de modo errado, numa triste ilusão de uma irracional e infantil autonomia.

O pecado nos dá a falsa ilusão de nos bastarmos a nós mesmos e nos faz sentir Deus como um intruso; o pecado nos desequilibrou interiormente, fez-nos perder aquela integridade que Deus sonhou para nós.

Por isso, concretamente, a comunhão com Deus, que é o nosso “natural” se nos torna tão penosa... Por isso, o mundo se afastou de Deus, por isso também nós somos tentados a fazê-lo... Somos constantemente tentados ao pecado original: pensar que somos deuses, que nos bastamos, que podemos, nós mesmos, garantir nossa vida e nossa felicidade, que sabemos por nós mesmos o que é o melhor para nós, independentes de Deus e até contra Deus... É o meu pecado, o seu pecado original...
 
D. Henrique Soares da Costa
Bispo Auxiliar de Aracajú/SE